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sábado

O Defunto

Thomaz Lopes


Quando ele despertou, deitado ao comprido num estreito caixão negro e dourado, tinha as mãos postas numa derradeira prece. Lançou vagamente os olhos em torno, e em torno tudo era silêncio e treva. Procurou levar as mãos aos olhos, mas sentiu as mãos presas, sem movimento; e parece-lhe então que estava morto.

Como é pesado o ar que respira! Como é profunda a escuridão que o encerra! E onde está? No seu quarto? No seu leito? Que estranha cama, estreita e dura! E por que dorme calçado? E que vestes tão solenes! Terá vindo ébrio de alguma festa? E as mãos amarradas! E que falta de ar! Ah! que dolorosa e lenta agonia



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Últimos Sonetos

Cruz e Souza

Piedade


O coração de todo o ser humano
Foi concebido para ter piedade,
Para olhar e sentir com caridade
Ficar mais doce o eterno desengano.
Para da vida em cada rude oceano
Arrojar, através da imensidade,
Tábuas de salvação, de suavidade,
De consolo e de afeto soberano.
Sim! Que não ter um coração profundo
É os olhos fechar à dor do mundo,
ficar inútil nos amargos trilhos.
É como se o meu ser campadecido
Não tivesse um soluço comovido
Para sentir e para amar meus filhos!



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Missal

Cruz e Souza


ORAÇÃO AO SOL

Sol, rei astral, deus dos sidérios Azues, que fazes cantar de luz os prados verdes, cantar as
águas! Sol imortal, pagão, que simbolizas a Vida, a Fecundidade! Luminoso sangue
original que alimentas o pulmão da Terra, o seio virgem da Natureza! Lá do alto zimbório
catedralesco de onde refulges e triunfas, ouve esta Oração que te consagro neste branco
Missal da excelsa Religião da Arte, esmaltado no marfim ebúrneo das iluminuras do
Pensamento.


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O Livro Derradeiro

Cruz e Souza


DORMINDO...
Pálida, bela, escultural, clorótica
Sobre o divã suavíssimo deitada,
Ela lembrava -- a pálpebra cerrada --
Uma ilusão esplendida de ótica.

A peregrina carnação das formas,
-- o sensual e límpido contorno,
Tinham esse quê de avérnico e de morno,
Davam a Zola as mais corretas normas!...

Ela dormia como a Vênus casta
E a negra coma aveludada e basta
Lhe resvalava sobre o doce flanco...

Enquanto o luar -- pela janela aberta --
-- como uma vaga exclamação -- incerta
Entrava a flux -- cascateado -- branco!!...


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Faróis

Cruz e Souza

INEXORÁVEL


Ó meu Amor, que já morreste,
Ó meu Amor, que morta estas!
Lá nessa cova a que desceste,
Ó meu Amor, que já morreste,
Ah! nunca mais floresceras?!

Ao teu esquálido esqueleto,
Que tinha outrora de uma flor
A graça e o encanto do amuleto;
Ao teu esquálido esqueleto
Não voltará novo esplendor?!

E ah! o teu crânio sem cabelos,
Sinistro, seco, estéril, nu...
(Belas madeixas dos meus zelos!)
E ah! o teu crânio sem cabelos
Há de ficar como estás tu?!

O teu nariz de asa redonda,
De linhas límpidas, sutis
Oh! há de ser na lama hedionda
O teu nariz de asa redonda
Comido pelos vermes vis?!

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Broquéis

Cruz e Souza

Dezenas de Poesias


ANTÍFONA
Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras...

Formas do Amor, constelarmente puras,
De Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
E dolências de lírios e de rosas...

Indefiníveis músicas supremas,
Harmonias da Cor e do Perfume...
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...


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Mateus e Mateusa

Qorpo Santo


MATEUS (caminhando em roda da casa; e Mateusa assentada em uma cadeira) - Que estão fazendo as meninas, que ainda as não vi hoje?!

MATEUSA (balançando-se) - E o Sr. Que se importa, Sr. Velho Mateus,
com as suas filhas?

MATEUS (voltando-se para esta) - Ora é boa esta! A Sra. Sempre foi, é, e
será uma ( atirando com a perna) - não só impertinente, como atrevida!

MATEUSA - Ora, veja lá, Sr. Torto (levantando-se), se estamos no tempo
em que o Sr. A seu belo prazer me insultava! Agora eu tenho filhos que me hão de vingar



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Um Credor da Fazenda Nacional

Qorpo Santo


UM CREDOR - (entrando em uma repartição pública; para o Porteiro) -
Está o Sr.
Inspetor?
PORTEIRO - Está; mas não se lhe pode agora falar.
CREDOR - Por quê?
PORTEIRO - Está muito ocupado!
CREDOR - Em quê?
PORTEIRO - Tem gente aí com ele.
CREDOR - Quem é?



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Hoje sou um e Amanhã sou outro

Qorpo Santo


O REI - (para o Ministro) Já deste as providências que te recomendei ontem sobre os indigitados para a nova conspiração que contra mim se forja!?

MINISTRO - Não me foi possível, Senhor, pôr em práticas vossas ordens.

O REI - Ludibrias das ordens de teu Rei? Não sabes que te posso punir, com uma demissão, com baixa das honras, e até com a prisão!?

MINISTRO - Se eu referir a V. M. as razões ponderosas que tive para assim proceder, estou certo, e mais que certo que V. M. não hesitará em perdoar-me essa que julga uma grave falta; mas em verdade não passa de ilusão em V. M.

O REI - Ilusão! Quando deixas de cumprir ordens minhas?



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Certa Entidade em Busca de Outra

Qorpo Santo


BRÁS (entrando) - Quem diabo está nesta casa!? (muito admirado.) Por um dos reposteiros vi aqui a Satanás com olhos adiante e pernas atrás! Depois vi Judas Iscariotes, que andava a trotes! Por uma janela, a Micaela abrindo a boca de gamela!

Mas o meu rapaz, o meu Ferrabrás; o meu contimpina, que de dia dorme, e de noite maquina! Oh! Esse, nem por sombras me quer aparecer, ou eu pude ver! Bárbaros! Assasinos! Traidores!

Que tudo me roubam! Comem como burros; como cavalos; e depois querem que eu trabalhe para sustentá-los! Infames! Poluem a honra das famílias!


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Eu sou Vida: Eu Não sou Morte

Qorpo Santo



Lindo e Linda

LINDA - (cantando)
Se não tiveres cuidado,
Algum Cão danado
Te há de matar;
Te há d'estraçalhar!

LINDO -
Eu sou vida;
Eu não sou morte!
E esta minha sorte;
É esta minha lida!


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Fedra

Racine


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A Multidão Criminosa -Ensaio de Psicologia Coletiva

Scipio Sighele

“Dêem a um pedreiro — escreve H. Spencer — tijolos bem cozidos, duros, de arestas vivas, e ele poderá construir sem argamassa uma parede bastante sólida, de grande altura. Se, pelo contrário, os tijolos são feitos de má argila, se a sua cozedura foi irregular, se são toscos, fendidos, quebrados, ser-lhe-á impossível construir sem argamassa uma parede igual à primeira em altura e estabilidade. 


Quando um operário trabalha num arsenal a empilhar balas de artilharia, essas massas esféricas não se acondicionam como se acondicionam tijolos. Há para as pilhas de balas formas definidas: o tetraedro, a pirâmide de base quadrada e o sólido de base retangular terminado por uma aresta. 


Cada uma destas formas permite obter a simetria e a estabilidade que são incompatíveis com todas as formas de faces verticais ou muito inclinadas. Se, ainda, em vez de balas esféricas do mesmo volume se tratasse de empilhar calhaus irregulares, meio arredondados e de diferente grossura, força seria renunciar às formas geométricas definidas. 
O operário só poderá obter um amontoado instável, sem ângulos e sem superfícies regulares.


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Epopéias da Índia Antiga

Swami Vivekananda



Índice___________________________________________________________________ 1
Prefácio _________________________________________________________________ 2
O Râmâyana _________________________________ ____________________________ 3
I O Poeta ________________________________________________________________ 3
II O Argumento____________________________________________________________ 6
III Simbolismo______________________________________________________________ 11ahabharata_______________________________ ______________________________ 12
I Origens_________________________________________________________________ 12
II O Argumento____________________________________________________________ 12
III História de Savitri ________________________________________________________ 16
IV No Desterro ____________________________________________________________ 19

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Manifesto do Surrealismo

André Breton - 1924

Tamanha é a crença na vida, no que a vida tem de mais precário, bem entendido, a vida real, que afinal esta crença se perde.
O homem, esse sonhador definitivo, cada dia mais desgostoso com seu destino, a custo repara nos objetos
de seu uso habitual, e que lhe vieram por sua displicência, ou quase sempre por seu esforço, pois ele aceitou trabalhar, ou pelo menos, não lhe repugnou tomar sua decisão ( o que ele chama decisão! ).

Bem modesto é agora o seu quinhão: sabe as mulheres que possuiu, as ridículas aventuras em que se meteu; sua riqueza ou sua pobreza para ele não valem nada, quanto a isso, continua recém nascido, e quanto à aprovação de sua consciência moral, admito que lhe é indiferente.

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Uma Biografia

Sigmund Freud

Introdução:
 Nascido no ano de 1856 em Freiberg, na Morávia, Sigmund Freud é considerado o pai da psicanálise. Estudou medicina na Universidade de Viena e desde cedo se especializou em neurologia. Seus estudos foram os pioneiros acerca do inconsciente humano e suas motivações. 

Ele, durante muito tempo (de fins do século passado até início do nosso século), trabalhou na elaboração da psicanálise.

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Bruzundangas

Lima Barreto

PREFÁCIO

NA Arte de furtar, que ultimamente tanto barulho causou entre os eruditos, há um capítulo, o quarto, que tem como ementa esta singular afir-mação: "Como os maiores ladrões são os que têm por oficio livrar-nos de
outros ladrões".
Não li o capítulo, mas abrindo ao acaso um exemplar do curioso livro, achei verdadeira a cousa e boa para justificar a publicação destas despre-tensiosas "Notas".A "Bruzundanga" fornece matéria de sobra para livrar-nos, a nós do Brasil, de piores males, pois possui maiores e mais completos.

Sua missão é, portanto, como a dos "maiores" da Arte, livrar-nos dos outros, natural-mente menores.

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Novo Código Civil Brasileiro

Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;

II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;

III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.


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