PDF EBOOKS DIGITAL BOOK

COMO BAIXAR?
Para baixar clique no link: CLIQUE AQUI




sexta-feira

O Triste fim de Policarpo Quaresma

Afonso Henriques de Lima Barreto


Policarpo Quaresma, conhecido por outros como major Quaresma, vive em uma casa isolado com sua irmã Adelaide e tinha os mesmos hábitos a 30 anos. 

Quaresma possui um fanatismo patriótico que se reflete nos autores nacionais, onde possui uma grande biblioteca. Para ele, tudo o que é nacional é superior. Por esse grande patriotismo decide começar a ter aulas de violão, instrumento marginalizado na época, então decide ter aulas com o Prof. Ricardo Coração dos Outros. 
Em uma festa para seu amigo general Albernaz, busca modinhas de folclores e assim descobre que uma das canções tradicionais vinha do estrangeiro. E assim decide estudar algo nacional: os costumes tupinambás, 


Após alguns duas o compadre Vicente Ceoni e a afilhada Olga decidem visitar o major e são recebidos por choros e descabelamentos, no caso era o comprimentos tupinambá. 

CLIQUE AQUI

COMO BAIXAR?
Para baixar clique no link: CLIQUE AQUI

O Homem que sabia Javanês e outros Contos

Afonso Henriques de Lima Barreto




EM UMA confeitaria, certa vez, ao meu amigo Castro, contava eu as partidas que havia pregado às convicções e às respeitabilidades, para poder viver.
Houve mesmo, uma dada ocasião, quando estive em Manaus, em que fui obrigado a esconder a minha qualidade de bacharel, para mais confiança obter dos clientes, que afluíam ao meu escritório de feiticeiro e adivinho. Contava eu isso.
O meu amigo ouvia-me calado, embevecido, gostando daquele meu Gil Blas vivido, até que, em uma pausa da conversa, ao esgotarmos os copos, observou a esmo:
- Tens levado uma vida bem engraçada, Castelo!

CLIQUE AQUI

COMO BAIXAR?
Para baixar clique no link: CLIQUE AQUI

Tentação

Adolfo Caminha


- Ora, sempre vamos ao Rio de Janeiro, ao grande e espetaculoso Rio de Janeiro! - exclamou Evaristo, pousando o chapéu, com ar de triunfo. - É como lá diz o outro: - quem espera... Eu nunca me enganei com o Luís... nunca!
Saíam-lhe em jorro as palavras, num tom quente de vitória, de aclamação, de regozijo.
Adelaide não o compreendeu logo, e, sem o compreender, exultava diante da intempestiva alegria do marido, com os olhos nele, ansiosa.
- Que é, homem de Deus, que foi... Que mistério!
- Nada, filha, nada; estamos aqui, estamos no Rio de Janeiro - ouviste? - no grandioso Rio de Janeiro!


CLIQUE AQUI

COMO BAIXAR?
Para baixar clique no link: CLIQUE AQUI

A Normalista

Adolfo Caminha



João Manoel da Mata Gadelha, conhecido em Fortaleza por João da Mata, habitava, há anos, no Trilho, uma casinhola de porta e janela, cor d’açafrão, com a frente encardida pela fuligem das locomotivas que diariamente cruzavam defronte, e donde se avistava a Estação da linha férrea de Baturité. Era amanuense, amigado, e gostava de jogar o víspora em família aos domingos. Nessa noite estavam reunidas as pessoas do costume. 
Ao centro da sala, em torno d’uma mesa coberta com um pano xadrez, à luz parca de um candieiro de louça esfumado, em forma d’abat-jour, corriam os olhos sobre as velhas coleções desbotadas, enquanto uma voz fina de mulher flauteava arrastando as sílabas numa cadência morosa: Vin...te e quatro! Sessen...ta nove!... Cinqüen...ta e seis!...
Havia um silêncio morno e concentrado em que se destacava o rolar abafado das pedras no saquinho de baeta verde.

CLIQUE AQUI
COMO BAIXAR?
Para baixar clique no link: CLIQUE AQUI

Bom Crioulo

Adolfo Caminha


A velha e gloriosa corveta - que pena! - já nem sequer lembrava o mesmo navio d’outrora, sugestivamente pitoresco, idealmente festivo, como um galera de lenda, branca e leve no mar alto, grimpando serena o corcovo das ondas!...
Estava outra, muito outra com o seu casco negro, com as suas velas encardidas de mofo, sem aquele esplêndido aspecto guerreiro que entusiasmava a gente nos bons tempos de “patescaria”. Vista ao longe, na infinita extensão azul, dir-se-ia, agora, a sombra fantástica de um barco aventureiro. Toda ela mudada, a velha carcaça flutuante, desde a brancura límpida e triunfal das velas até a primitiva pintura do bojo.
No entanto ela aí vinha - esquife agourento - singrando águas da pátria, quase lúgubre na sua marcha vagarosa; ela aí vinha, não já como uma enorme garça branca flechando a líquida planície, mas lenta, pesada, como se fora um grande morcego apocalíptico de asas abertas sobre o mar...
CLIQUE AQUI


COMO BAIXAR?
Para baixar clique no link: CLIQUE AQUI


Dentro da Noite

João do Rio


Então causou sensação?
Tanto mais quanto era inexplicável. Tu amavas a Clotilde, não? Ela coitadita! parecia louca por ti e os pais estavam radiantes de alegria. De repente, súbita transformação. Tu desapareces, a família fecha os salões como se estivesse de luto pesado. Clotilde chora... Evidentemente havia um mistério, uma dessas coisas capazes de fazer os espíritos imaginosos arquitetarem dramas horrendos. Por felicidade, o juízo geral é contra o teu procedimento.
Contra mim?
Podia ser contra a pureza da Clotilde.
CLIQUE AQUI
COMO BAIXAR?
Para baixar clique no link: CLIQUE AQUI

Momento Literário

João do Rio

ANTES

— O público quer uma nova curiosidade. 
As multidões meridionais são mais ou menos nervosas.
curiosidade, o apetite de saber, de estar informado, de ser conhecedor são os primeiros sintomas da agitação e
da nevrose. Há da parte do público uma curiosidade malsã, quase excessiva. 
Não se quer conhecer as obras, prefere-se indagar a vida dos autores. 
Precisamos saber? Remontamos logo às origens, desventramos os ídolos, vivemos com eles. A curiosidade é hoje uma ânsia... Ora, o jornalismo é o pai dessa nevrose, porque transformou a crítica e fez a reportagem. Uma e outra fundiram-se: há neste momento a terrível reportagem experimental.


 Foram-se os tempos das variações eruditas sobre livros alheios e já vão caindo no silêncio das bibliotecas as teorias estéticas que às suas leis subordinavam obras alheias, esquecendo completamente os autores.


 Sainte-Beuve só é conhecido das gerações novas porque escreveu alguns versos e foi amante de Mme.

CLIQUE AQUI



COMO BAIXAR?
Para baixar clique no link: CLIQUE AQUI

As Religiões do Rio

João do Rio

As Religiões no Rio é um livro de autoria de Paulo Barreto, jornalista, cronista, tradutor e teatrólogo brasileiro, que usava o pseudônimo de 'João do Rio. A primeira edição é de 1904.

O livro foi pioneiro no Rio de Janeiro em pesquisa de campo sobre as religiões no Rio no começo do século XX na região depois denominada Pequena África. Foi considerado um livro polêmico, adorado por alguns e esconjurado por outros, por o considerarem irônico e preconceituoso. Novidade na época teve o maior sucesso de vendas, apesar de já estar em domínio público, por suas peculiaridades foi relançado no Rio de Janeiro pela Editora Nova Aguilar em 1976 e pela José Olympio Editora em 2006.

Serviu de base para todos os outros pesquisadores que escreveram sobre as religiões no Rio, foi citado por quase todos os autores que escreveram principalmente sobre as religiões afro-brasileiras com mais ênfase na macumba, umbanda e candomblé marcando com o estereótipo de feitiçaria, modelo para distorções e interpretações duvidosas dessas religiões até os dias atuais.


CLIQUE AQUI


COMO BAIXAR?
Para baixar clique no link: CLIQUE AQUI

A Bela Madame Vargas

João do Rio

O esplêndido terraço da vila de Mme. Vargas. Á direita, avançando sobre o terraço entre grinaldas de rosas e trepadeiras floridas, a fachada da linda casa, com varanda e escadaria. Para essa varanda dão a larga janela e a porta do salão de música. No fundo balaustrada de mármore. Do terraço domina-se um maravilhoso panorama de florestas, deslizando para a baía em baixo, ao fundo. Em baixo os jardins do palacete.

Entretanto, são cinco horas de um dia de inverno e há nesse terraço um chá ao ar livre. As pequenas mesas já estão dispostas, com gosto e com muitas flores. Os criados dão os últimos cuidados a organização geral. Ouve-se no salão de música risos, e pedaços de uma cançoneta parisiense. Quando abre o pano estão em cena de casaca, a arrumar as mesas Antônio e Braz.



CLIQUE AQUI



COMO BAIXAR?
Para baixar clique no link: CLIQUE AQUI

A Alma Encantadora das Ruas

João do Rio




Em 1908, iluminada pelas primeiras luzes da modernidade, o Rio de Janeiro já se revelava, aos olhos mais sensíveis, como uma cidade multifacetada, fascinante, efervescente na democracia da ruas. Nesse ano, um cronista lança o livro A alma encantadora das ruas, em que observa, deslumbrado, as novas relações sociais que se desenham no coração daquela seria mais tarde chamada a Cidade Maravilhosa. Seu nome: João do Rio. 

O livro aborda questões alijadas da sociedade, como os trabalhadores, as cadeias e ladrões, unindo os fragmentos do Rio de Janeiro da época. 


A alma encantadora das ruas é o terceiro livro desse escritor e foi publicado em 1908 pela O que mais nos espanta nessa obra singular (talvez a mais interessante até hoje escrita sobre a cidade do Rio de Janeiro e sua população), mais ainda do que o brilhantismo do estilo, é a sua homogeneidade, ainda mais quando sabemos que é uma antologia de textos publicados anteriormente pelo autor entre 1904 e 1907 no jornal A Gazeta de Notícias e na revista Kosmos. No entanto, tudo flui tão naturalmente que temos a ilusão de estar lendo um livro escrito de um fôlego só. 



CLIQUE AQUI



COMO BAIXAR?
Para baixar clique no link: CLIQUE AQUI